terça-feira, 29 de maio de 2012

www.eternamente.pt , o site do blog.


quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Ampliação do Cemitério de Mafra - Estudo Prévio

 
1.    LOCALIZAÇÃO  DA  ÁREA  DE  INTERVENÇÃO
A área de intervenção localiza-se na zona Nordeste do cemitério, confortando a Norte com Parque Desportivo Municipal a Sul com os talhões de sepulturas temporárias de terra do cemitério, a poente pelo cemitério Original e a nascente pelo Parque Urbano. A área de intervenção é de 1.236 m2.
O terreno oferece óptimas condições para a execução de um novo cemitério, visto tratar-se de um espaço praticamente plano, recolhido num espaço no prolongamento do parque urbano, convidando ao recolhimento e à espiritualidade.

2.    PROSSUPOSTOS  ARQUITECTÓNICOS
A proposta arquitectónica apresentada representa em síntese os pressupostos definidos pela Câmara Municipal de Mafra, na fase de concurso, com um programa preliminar muito denso cujo cumprimento se vinculou na ideia de implantação apresentada. No entanto o projecto introduz algumas novas ideias que valorizam a concepção espacial e a funcionalidade do seu uso.

O Sistema de inumação utilizado foi o Sistema Duwe, que no nosso entender é o que melhor garantia dá aos objectivos delineados pelo município de Mafra.

Durante a realização deste estudo Prévio, a equipa projectista projectou ainda uma proposta de ampliação para o parterre superior que permite a compreensão e a explicação de como surgem os acessos à cota superior do público em geral.

3.    SOLUÇÃO  ARQUITECTÓNICA
A solução arquitectónica assume desde o início, a intenção de se adaptar à modelação do terreno, executada pela Câmara Municipal, antes da elaboração deste projecto, com base na criação de uma grande plataforma de nível cuja cota se aproxima da entrada do actual cemitério.

Espacialmente o projecto organiza-se conforme sugerido na ideia espacial levada a concurso pelo município, excepto no que concerne à implantação dos ossários que está disposta não em torno das paredes periféricas do espaço, mas sim em continuidade dos corpos a construir.

A marcação da entrada no novo espaço cemiterial é feita com um pórtico em pala, que se abre para a praça central de acolhimento. Na praça propõe-se um pavimento de betonilha com inertes aparentes (brita clara lavada), com desenho de juntas transversal ao espaço. O espaço da praça tem uma inclinação contínua de 2%, subindo desde do seu inicio até ao limite de intervenção 54 cm. Na praça estudou-se ainda um local para execução de uma última missa, ou de despedida, sem qualquer alusão a signos ou símbolos religiosos. Por fim, propõe-se que a praça seja encerada por um elemento natural, uma Alfarrobeira a plantar em zona de talude entre as duas plataformas.

Da praça central nascem 6 corredores correspondendo aos acessos aos Ossários e aos Nichos de inumação. Os pavimentos deste espaço serão também de inertes lavados mas desta vez em gravilha de basalto. Cada um destes corredores será rematado por elementos arbustivos no seu topo, formando-se na continuidade do muro um jardim de plantas de cheiro.

Os quatro edifícios de inumação serão constituídos por 160 nichos alveolares do sistema tipo DUWE, cujo alçado será constituído por tampas individuais decorativas de fecho em pedra de basalto serrado. Os ossários estão dispostos também em quatro edifícios abrigando cada um deles 186 unidades . Totaliza-se assim o número de nichos em 640 unidades e 744 ossários.

A utilização de sistemas em betão pré-fabricados, tipo DUWE, em nichos, organizados verticalmente e extra-terram, permitem a apresentação de soluções que respondem não só a uma maior rentabilidade do espaço dos cemitérios, como também a uma melhoria da qualidade espacial, estimulando a espiritualidade do lugar, facilitando a transição de mentalidades e valores de memória colectiva sobre o processo de inumação dos corpos.




















domingo, 6 de novembro de 2011




No sentido de evoluirmos na produção e concepção de projectos na área cemiterial, criámos o 

domingo, 11 de setembro de 2011

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Cemiterio do Caniçal II

O programa definido pela Câmara Municipal de Machico visou não só a resposta urgente e imediata à necessidade de um novo cemitério, mas também a preocupação de encontrar as melhores condições de serviço e funcionamento do mesmo.
A intenção final é incluir neste espaço elementos como:
a) Capela
b) Espaço para a missa campal (ou ultima missa)
c) Nichos de inumação (cerca de 312)
d) Nichos para ossários (cerca de 180)
e) Espaço para campas temporárias (cerca de 10)
f) Instalações sanitárias de apoio, com inclusão de uma instalação sanitária para deficientes
g) Espaços reservados à manutenção, onde se inclui um pequeno vestiário e instalação sanitária
h) Incinerador e espaço para lixos





Na primeira fase (definida no desenho acima, pela cor Creme), foi construido um espaço para a missa campal, os edificios de inumação com nichos dedecomposição aeróbia (num total de 228 unidades, ficando os restantes 84 previstos para a segunda fase de construção), os nichos para ossários (num total de 60 unidades), o espaço para campas temporárias, as instalações sanitárias de apoio, os armazéns e espaços reservados à manutenção. E ainda os acessos que não foram executados conforme o projecto.


Numa segunda fase ( definida no desenho, pela cor Laranja), prevê-se a construção doedificio da Capela, os restantes 84 nichos, 120 ossários e por fim o edifício do incinerador de lixos e ossadas.

Como condicionante programática, foi requerido pelos serviços camarários que a construção dos elementos subsequentes não viessem a interfir com os elementos antes construídos.


Critérios considerados e descrição do projecto:
Em linhas gerais, os critérios essenciais de estruturação da solução arquitectónica e da sua implantação na parcela procurarm responder aos seguintes conceitos:
a) Desenvolver uma solução arquitectónica de qualidade, tendo como preocupação, minimizar futuros encargos de manutenção e de exploração.
b) Encontrar uma solução que permita uma execução rápida, de forma a permitir o seu uso no menor espaço de tempo possível.
c) Relacionar os volumes de forma a rentabilizar ao máximo a relação entre a área útil de circulação e a área de implantação da construção.
d) Apresentar soluções que contemplem o previsto no Decreto-Lei n.º 163/2006, salvaguardando barreiras arquitectónicas para pessoas com mobilidade reduzida.

A proposta arquitectónica global desenvolveu-se em dois parterres distintos. A plataforma onde se encontra a capela, cerca de dois metros mais elevada em relação ao restante espaço (a ser construída numa segunda fase),

E, a plataforma onde se encontram os nichos de inumação, as instalações sanitárias, o espaço para as campas temporárias, o armazém para a manutenção e (para uma segunda fase) o incinerador.


Neste nível, previu-se a distribuição dos nichos em 5 edifícios, em que três são duplos e dois simples. Na primeira fase, serão construídos dois edifícios duplos e outros dois simples. Na segunda fase será construído mais dois edifícios localizados na zona da praça de acolhimento,

A ligação entre as plataformas é feita através de rampas que se encontram no limite do espaço da intervenção, a sudoeste e por uma escadaria açinhada com o grande corredor longitudinal.


Estas rampas, ao mesmo tempo permitem desfrutar a vista e marcam um percurso pedonal entre a capela e o cemitério, ajudando, ao mesmo tempo a vencer alguma da inclinação do terreno natural.



Existe ainda, na cota baixa, uma entrada prevista para pessoas e para o carro funerário.

No lado oposto à capela, no nível mais baixo, encontra-se o espaço para a missa campal. Espaço esse que se projecta sobre o terreno e a paisagem.

A distribuição dos nichos de inumação está dividida em cinco edifícios que se distribuem paralelamente entre si e perpendicularmente à estrada. Cada edifício duplo contém 24 nichos, sobrepostos em 3 níveis, num total de 72 nichos por edifício e de 216 no geral. Os edifícios simples têm 16 nichos sobrepostos em 3 níveis, num total de 96, sendo que, quando forem construídos.

No final de cada um dos edifícios duplos, encontra-se um espaço para ossários. Sendo que cada edifício tem 60 ossários, num total de 180.

Paralelamente à estrada, encontra-se outro edifício, que contém as instalações sanitárias onde se inclui uma casa de banho para deficientes, ao centro, o espaço de campas temporárias para crianças, num total de 10 e no outro extremo, a instalação de apoio ao pessoal da manutenção e armazém.

Também paralelo à rua, o edifício destinado ao incinerador, que compreende uma zona de lixos, área de recepção de caixões, uma sala para o incinerador, espaço para tratamento de cinzas e, finalmente, o depósito de gás.

Quanto à capela, localizada no nível superior, de linguagem arquitectónica simples e contemporânea, está pensada para ter um grande envidraçado virado para a paisagem, na parede frontal e parte da que está virada para o cemitério, sendo as restantes, paredes cegas. Na sua entrada considerou-se uma pequena sacristia com uma instalação sanitária de apoio.

A área total do terreno é de 6.040m2, sendo que a área total prevista para a intervenção é de 1.721,40m2, nas duas fases. A área de intervenção da primeira fase é de 1.046,90m2 e a da segunda de 674.50m2.

Fotografias:



























Ficha Técnica
Arquitectura: Carlos Fazenda, João Almeida e José Martins Pereira
Fundações e Estruturas: João Costa, OPS
Electricidade: Ruben Sobral
Infraestruturas Viarias, Aguas e Esgotos: Filipe Castro