Infelizmente, em Portugal, salvo raríssimas excepções, os espaços cemiteriais não se enquadram numa classificação de espaços onde se exija qualidade, e por isso tornam-se a pouco e pouco degradados, sem manutenção, acentuando o afastamento psicológico das pessoas em relação aos cemitérios.
Regista-se, no entanto, com relevância o que nos últimos tempos tem sido feito algum esforço nesta área, não só na intenção de alguns projectos lei e alguma legislação produzida, mas sobretudo na compreensão de alguns dos gestores municipais portugueses de querem ver alterado o ambiente dos cemitérios.
A visão deve ser modernizar, actualizar, alterando os existentes ou realizando novos equipamentos de qualidade onde a componente ambiental e arquitectónica dê resposta às novas necessidades. A componente arquitectónica, estética e funcional urge como espaço de dignidade para as pessoas que o tem que frequentar relevando a importância do seu enquadramento paisagistico e/ou urbano.
A vigência de um regulamento de cemitério, que imponha regras para a qualidade ambiental e visual não é habitual e, portanto, visualmente os cemitérios são decadentes onde cada sepultura é fruto de uma tradição formalmente decadente cujo valor artístico é o que é.
No seu conjunto, os cemitérios de campas têm uma poluição visual de tal modo que a imagem que todos temos de um cemitério é horrorosa e o que nos faz lá ir é apenas o acompanhamento a um funeral ou da manutenção de uma campa em memória de um ente querido.
Invés os cemitérios na Alemanha, na Inglaterra, na Holanda e mesmo em Itália são prolongamento de jardins e de espaços de estar, parte integrante de zonas urbanas de lazer e mesmo em situações rurais são prolongamentos de bosques assumindo um papel de mimetismo natural onde a morte tem um outro valor cultural.
A cultura cemiterial, em Portugal, enraizada é fruto de uma contínua utilização tradicional onde anda não existe alternativa espacial (o leirão, a sepultura e a campa), sobretudo pela pequena dimensão dos cemitérios e a grande lotação dos mesmos, que obrigam a estrangulamentos e à grande aglomeração de sepulturas. Para além disso a legislação portuguesa de 1962, copiada da francesa, obriga à construção de um muro limite. O muro tem três fundamentos legais, o primeiro a protecção contra a intrusão de homens, o segundo de animais e outro de prevenir a saída de miasmas (cheiros).
Mas... os muros têm a grande desvantagem de esconderem lá dentro aquilo a que definimos por poluição visual dos cemitérios. Salvaguardam-se claro muitas excepções, das quais se salientam as magnificas peças arquitectónicas, em particular de jazigo familiares.
No nosso entender, verdadeira e medíocre é a campa, a campa do lobby do canteiro da zona. O gosto dos familiares não se discute, respeita-se, mas há que dar alternativas às pessoas. Se houver evolução do desenho, da estética das peças fúnebres acompanhado de regulamentos de cemitérios que imponham a qualidade espacial, teremos espaços mais agradáveis e mais humanizados.
É facil entendermos isto...
Regista-se, no entanto, com relevância o que nos últimos tempos tem sido feito algum esforço nesta área, não só na intenção de alguns projectos lei e alguma legislação produzida, mas sobretudo na compreensão de alguns dos gestores municipais portugueses de querem ver alterado o ambiente dos cemitérios.
A visão deve ser modernizar, actualizar, alterando os existentes ou realizando novos equipamentos de qualidade onde a componente ambiental e arquitectónica dê resposta às novas necessidades. A componente arquitectónica, estética e funcional urge como espaço de dignidade para as pessoas que o tem que frequentar relevando a importância do seu enquadramento paisagistico e/ou urbano.
A vigência de um regulamento de cemitério, que imponha regras para a qualidade ambiental e visual não é habitual e, portanto, visualmente os cemitérios são decadentes onde cada sepultura é fruto de uma tradição formalmente decadente cujo valor artístico é o que é.
No seu conjunto, os cemitérios de campas têm uma poluição visual de tal modo que a imagem que todos temos de um cemitério é horrorosa e o que nos faz lá ir é apenas o acompanhamento a um funeral ou da manutenção de uma campa em memória de um ente querido.
Invés os cemitérios na Alemanha, na Inglaterra, na Holanda e mesmo em Itália são prolongamento de jardins e de espaços de estar, parte integrante de zonas urbanas de lazer e mesmo em situações rurais são prolongamentos de bosques assumindo um papel de mimetismo natural onde a morte tem um outro valor cultural.
A cultura cemiterial, em Portugal, enraizada é fruto de uma contínua utilização tradicional onde anda não existe alternativa espacial (o leirão, a sepultura e a campa), sobretudo pela pequena dimensão dos cemitérios e a grande lotação dos mesmos, que obrigam a estrangulamentos e à grande aglomeração de sepulturas. Para além disso a legislação portuguesa de 1962, copiada da francesa, obriga à construção de um muro limite. O muro tem três fundamentos legais, o primeiro a protecção contra a intrusão de homens, o segundo de animais e outro de prevenir a saída de miasmas (cheiros).
Mas... os muros têm a grande desvantagem de esconderem lá dentro aquilo a que definimos por poluição visual dos cemitérios. Salvaguardam-se claro muitas excepções, das quais se salientam as magnificas peças arquitectónicas, em particular de jazigo familiares.
No nosso entender, verdadeira e medíocre é a campa, a campa do lobby do canteiro da zona. O gosto dos familiares não se discute, respeita-se, mas há que dar alternativas às pessoas. Se houver evolução do desenho, da estética das peças fúnebres acompanhado de regulamentos de cemitérios que imponham a qualidade espacial, teremos espaços mais agradáveis e mais humanizados.
É facil entendermos isto...
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